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16/06/2011 18:00

Casa inteligente chega à classe média
(Folha de SP, 13/03/2011)

Até pouco tempo privilégio de uma parcela pequena de brasileiros, sistemas de automação residencial como fechadura digital, controle de iluminação, som e ar condicionado estão mais acessíveis à classe média.
Graças à queda da cotação do dólar e ao aumento na escala de produção, alguns desses equipamentos estão cerca de 60% mais baratos do que há três anos.
É possível ter um sistema de acesso por biometria (em que a impressão digital substitui as chaves nas portas de entrada) a partir de R$ 1.500, ou um sistema básico para acionamento de luzes, ar condicionado e sistema de som por R$ 1.800.
Para os dispostos a investir um pouco mais, há a banheira inteligente, que pode ser programada à distância, pelo celular, por R$ 21 mil. Entre os mimos, a possibilidade de configurar a temperatura do banho e a emissão de sabonete líquido e essências.
"A queda de preços fez com que os sistemas de automação não fossem vistos apenas como supérfluos ou exclusividade de milionários. O consumidor já os observa como itens acessíveis de conforto", diz José Roberto Muratori, da Associação das Empresas de Automação Residencial (Aureside).
A redução no custo dos sistemas de automação passou a ser vista como uma oportunidade para as construtoras oferecerem apartamentos mais "charmosos" aos consumidores de médio padrão.
A Cyrela optou por incluir em alguns de seus empreendimentos a central inteligente, um sistema pré-montado que permite ao morador configurar a automação de até 12 equipamentos eletrônicos.
A Even teve seu primeiro imóvel com automação em dezembro de 2009, e desde então incluiu sistemas em todos os 11 lançamentos na cidade de São Paulo.
"Como a impressão foi positiva, decidimos incluir desde apartamentos compactos, com 50 metros quadrados avaliados em R$ 450 mil, até imóveis de alto luxo de R$ 2 milhões", diz Ricardo Grimone, gerente de incorporação da companhia.

ALÉM DO BÁSICO

Embora as centrais inteligentes sejam a porta de entrada da automação residencial, há construtoras que decidem fisgar os consumidores com itens de luxo, como no caso da construtora Concal, sediada no Rio.
Em empreendimentos de luxo da zona sul da cidade, avaliados em média em R$ 5 milhões, além do leitor biométrico, a construtora já incluiu chuveiro com controle digital e banheira inteligente como itens padrão.
"Automação residencial virou motivo de competitividade entre as construtoras, já que representa a extensão do consumo da tecnologia pessoal que esse tipo de comprador já exige", diz o diretor Rodrigo Conde Caldas.
Segundo Grimone, da Even, os próximos passos incluem a automação das áreas comuns, que inclui preparação para internet sem fio wi-fi e sistemas para música e luz no salão de festas.

Neste ano, setor deve girar cerca de R$ 200 mi

Sistemas de automação residencial devem movimentar R$ 200 milhões em 2011 no Brasil.
Segundo a Aureside, existe hoje 1 milhão de residências com potencial imediato de automação.
Na esteira do mercado aquecido, crescem as empresas especializadas. Hoje são cerca de 40.
Uma delas é a At Home Digital, braço de automação residencial da Telefônica. Com pouco mais de um ano, a empresa chegou a 20% dos imóveis de alto padrão lançados em 2010 na Grande São Paulo.
Hoje, equipa cerca de 2 mil imóveis com sistemas de iluminação, climatização, abertura de portas e entretenimento digital.
Já a iHouse, fundada por Leonardo Senna há dez anos, investe na fabricação dos equipamentos e projetos domésticos.
Na lista de ofertas estão dez produtos, desde painéis e módulos de automação residencial básicos como módulos para automação de persianas até chuveiro e banheira com controles eletrônicos.
A casa digital será um dos temas da 19ª edição da Feicon Batimat (Feira Internacional da Indústria da Construção), que acontece a partir de terça-feira, em São Paulo, com 750 marcas expositoras.
(CF)

Segurança e economia de energia são foco

Além de sistemas que favorecem o conforto doméstico, segurança e economia de energia são as principais demandas dos consumidores por equipamentos de automação residencial.
"A sofisticação dos sistemas de segurança está aumentando. A procura que começou com fechaduras biométricas está evoluindo para sistemas completos, capazes de informar quem entrou em casa e em qual horário", diz Harthur Djehdian, diretor da paulistana BioForLife.
Segundo o executivo, já é possível comprar, por cerca de R$ 2.000, fechaduras inteligentes capazes de gerar pela internet ou pelo celular o relatório completo de acesso.
Na mesma linha, as construtoras buscam levar segurança também para as áreas comuns, como a Gafisa, que já está instalando interfone com câmeras para o morador comprovar quem chega ao apartamento.
Outra demanda que começa a ser atendida pelos fabricantes de equipamentos de automação residencial é por sistemas que ajudem no controle de gastos de energia.
Criado pela iHouse, o Snapgrid é um desses aparelhos. Instalado na porta do quadro de disjuntores da residência, o sistema monitora o consumo nas diversas partes da casa.
A seleção pode ser feita pelo usuário, para entender quanto gasta, por exemplo, sua máquina de lavar roupa, seu computador ou mesmo o ar condicionado.
Um cabo de conexão à internet é ligado aos disjuntores e permite ao morador verificar on-line e em tempo real o quanto é consumido, em reais ou em kWh.
O equipamento -avaliado em R$ 2.500- começa a ser adotado pelo setor de construção civil.
"Esse é o primeiro passo em direção ao controle real de gastos com energia elétrica para consumo inteligente", diz Leonardo Senna, fundador da iHouse.
A Rossi, em parceria com a Lindencorp e a PDG Realty, incluiu o Snapgrid em seu empreendimento recente de 256 apartamentos em São Caetano do Sul.
A promessa é de economia de 20% na conta de luz, após a família entender seu perfil de consumo.
(CF)

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